Presidenciável participou de evento que ignorou convite ao ex-presidente Lula
Bolsonaro foi aplaudido e cumprimentado ao final de sua apresentação. Também foi parado por alguns convidados que pediam para fazer selfie. Ao contrário dos outros palestrantes, no entanto, foi ele quem mais fez a plateia rir, principalmente quando ironizou comentários sobre seus conhecimentos sobre o tema discutido no evento: "nem sei o que estou fazendo aqui, já que eu não entendo nada de economia".
Bolsonaro foi aplaudido e cumprimentado ao final de sua apresentação. Também foi parado por alguns convidados que pediam para fazer selfie. Ao contrário dos outros palestrantes, no entanto, foi ele quem mais fez a plateia rir, principalmente quando ironizou comentários sobre seus conhecimentos sobre o tema discutido no evento: "nem sei o que estou fazendo aqui, já que eu não entendo nada de economia".
O economista Paulo Guedes é visto como uma espécie de "assessor" para assuntos econômicos do candidato. Guedes é hoje dono da Bozano Investimento e foi fundador do Pactual, banco que se fundiu ao BTG, a instituição responsável pelo evento nesses dois dias.
Também participaram do evento o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente da Câmara dos Deputado, Rodrigo Maia (DEM-RJ). No entanto, os radares pareciam voltados para dois nomes ausentes, o apresentador Luciano Huck e o governador Geraldo Alckmin. Ambos alegaram incompatibilidade de agendas.
— O nome de um outsider também deve ser considerado, ainda mais se apresentar uma política pró-reformas — reiterou um convidado.
Mesmo aparecendo em primeiro lugar nas pequisas de intenção de voto para a Presidência da República, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou fora da lista de convidados para o evento. que reuniu empresários e investidores brasileiros e internacionais e os presidenciáveis. Até ano passado, Lula figurava na relação dos convidados do encontro. Com cerca de 2,5 mil pessoas, o 19º CEO Conference promove, desde terça-feira, discussões sobre os rumos da economia. Diante da possibilidade de prisão do petista, um discurso ganhou corpo nos últimos dois dias Não queremos ouvir o que o Lula tem hoje para dizer — disse um dos convidados do evento, promovido pelo banco , repetindo um mantra corrente no luxuoso hotel que reuniu o grupo. — O melhor dos mundos é Lula fora da corrida presidencial.
Os empresários arriscavam, em rodinhas de bate-papo, o prognóstico que eles consideram mais viável para acelerar a economia brasileira. Acreditam que, se Lula não participar da eleição, aumentam as chances de uma candidatura de centro, segundo eles, mais afinado com o setor produtivo.
O temor entre os empresários é de que Lula infle, durante eventual campanha, o discurso contrário à reforma previdenciária. Eles consideram que o petista tem, hoje, uma massa de votos proveniente justamente dos trabalhadores, principalmente no Norte e Nordeste, e sua posição poderia dificultar a aprovação da reforma no Congresso.
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