Eu venho vindo de uma querência distante. Sou um boiadeiro errante, que nasceu naquela serra. O meu cavalo corre mais que o pensamento, ele vem no passo lento porque ninguém me espera! Tocando a boiada, Auê-uê-uê-ê boi eu vou cortando estrada. Uê boi Tocando a boiada, Auê-uê-uê-ê boi eu vou cortando estrada! Toque o berrante com capricho, Zé Vicente, mostre para essa gente o clarim das alterosas. Pegue no laço, não se entregue companheiro, chame o cachorro campeiro que essa rez é perigosa! Olhe na janela, Auê uê uê ê boi que linda donzela. Uê boi Olhe na janela Auê uê uê ê boi que linda donzela! Sou boiadeiro. Minha gente o que é que há? Deixe o meu gado passar, vou cumprir com a minha sina. Lá na baixada quero ouvir a siriema, prá lembrar de uma pequena que eu deixei lá em Mina...